terça-feira, 24 de abril de 2012

Já estou no lugar certo!

Há pouco tempo atrás estive pensando em procurar feiras de artesanato em cidades turísticas próximas do Rio de Janeiro para expor minhas miniaturas. Procurei obter informações com moradores, visitei alguns locais e vi o quanto a vida do artesão deve ser difícil nessas localidades. A Região dos Lagos, por exemplo, que recebe um número enorme de visitantes durante o verão, fica quase deserta durante a baixa temporada. Nesse período as vendas devem ser mínimas!

Vi gente falar que adoraria viver em algumas dessas cidades, mas a falta de trabalho faz com que muitos desistam. No que se refere ao artesanato a coisa não é diferente. Fora do verão, o que se tem são feiras vazias, com as barracas fechadas, tudo fechado, casas de veraneio trancadas... como é que o artesão, o artista sobrevive num cenário desses?

 

Então fiquei pensando: pra que estou procurando feirinhas em cidades pequenas com todas as suas dificuldades se eu moro na maior cidade turística da América Latina? Eu tenho que procurar negócios é aqui e não nessas cidadezinhas fantasmas de população flutuante. Eu já estou no lugar certo. Não preciso ir a parte alguma!

Não sei por que às vezes a gente tende a complicar as coisas. E era exatamente isso que eu estava prestes a fazer ao procurar feiras de artesanato em cidades em torno do Rio de Janeiro em vez de focar minha própria cidade!

Ontem, por exemplo, dia 23 de abril, houve uma verdadeira festa no Rio de Janeiro, com milhares de participantes. Foi a festa de São Jorge. Não fiz nada para essa festa, mas fui ver como era, pois nunca havia ido.


Era muita gente, muita gente mesmo! Milhares de pessoas! Quem se preparou, se deu bem. Muita gente de camisa vermelha (a cor do santo), um comércio grande de lembrancinhas com rosas vermelhas, trigo, santinhos etc. As pessoas em peso vestidas com as camisas que continham dizeres, fotos, desenhos. Há uma arte em torno desse dia: chaveiros, bolsas, medalhinhas, colares, uma variedade de coisas.

Acredito que mesmo fora do espaço da festa seria possível vender peças para esta comemoração. Uns dez dias antes, 13 ou 15 de abril, já seria interessante mostrar alguns artigos. As pessoas que foram à festa vestidas com as camisas de São Jorge com certeza compraram esses itens bem antes.

Meu objetivo é voltar a fazer artesanato, sobretudo miniaturas, e expor no momento certo para o cliente certo. Ou seja, oferecer aos clientes aquilo que procuram.